Canal de Suez bloqueado! Como está a responsividade da sua empresa?

 

Na última terça-feira, testemunhamos uma situação no mínimo inusitada: um gigantesco cargueiro chamado Ever Given encalhou no Canal de Suez após uma tempestade de areia. A falta de visibilidade somada aos ventos que atingiram até 74 km/h afetou o controle do navio, que possui 400m de comprimento e 220.000 toneladas. O grande problema é que ao encalhar, o navio bloqueou a passagem pelo canal, gerando uma espécie de "congestionamento" de navios.

 

 

O canal, localizado no Egito entre o Mar Vermelho e o Mar Mediterrâneo, é uma das principais vias de transporte internacional: cerca de 12% do comércio marítimo mundial passa pelo canal. Com o canal bloqueado, já são mais de 100 embarcações paradas aguardando para atravessar, e algumas empresas começam a cogitar o redirecionamento dos navios ao redor do extremo sul da África, o que aumentaria a viagem em aproximadamente uma semana e geraria um grande acréscimo de custo. Por exemplo, a viagem de um navio como o Ever Given, que saiu de Singapura com destino a Rotterdan, aumentaria em 6.000km contornando a África.

 

De acordo com a Bloomberg¹, os navios aguardando possuem as mais variadas cargas, desde animais vivos, safras de grãos e produtos secos como cimento, à petróleo e gás natural liquefeito. Embora os impactos para vários mercados ainda não sejam claros, é possível observar a reação no preço do petróleo, que chegou a aumentar em até 6% após o ocorrido.

 

 

Embora raros, acidentes como este acontecem, e podem impactar diversas cadeias de produção com a disrupção da logística de abastecimento. O próprio canal de Suez já teve suas operações interrompidas durante a guerra de Suez, em 1956. Outras rotas importantes também já foram bloqueadas momentaneamente, como quando o Canal do Panamá² ficou bloqueado após uma invasão militar americana em 1989 e o Canal de Houston³ após uma colisão de navios carregando produtos químicos em 2015. Até mesmo acidentes de menor proporção podem trazer grandes consequências logísticas, como o ocorrido no Porto de Vitória⁴ em 2010.

 

Como se pode imaginar, os impactos de rupturas logísticas assim são variados e afetam diferentes indústrias. O recebimento de matérias-primas fica prejudicado, os custos de frete podem disparar, e o despacho dos produtos se torna incerto. Em resumo, todo o planejamento que havia sido feito em uma empresa pode ir por água a baixo, sendo necessários ajustes rápidos e precisos. Alteração de fornecedores, mudança no ritmo de produção e novos contratos de venda são algumas das alternativas comuns de adaptação. 

 

Neste ambiente com tamanha pressão e necessidade de decisões rápidas, uma ferramenta de auxílio se torna ainda mais fundamental: por meio de modelos matemáticos e algoritmos, combinados com uma plataforma que permita a rápida criação e análise de cenários, é possível rapidamente replanejar e adaptar os processos de uma empresa.

 

Esse tipo de responsividade é algo que a Cassotis busca oferecer por meio de seus modelos e da plataforma de otimização. Permitir que seus gestores e analistas consigam avaliar diferentes situações e, de forma ágil, readaptar planejamentos e decisões da empresa pode ser o diferencial competitivo em alguns momentos!

 

Está sendo afetado pelo navio encalhado ou já foi impactado por rupturas logísticas? Não hesite em entrar em contato com nosso time para discutirmos como você pode melhorar a velocidade de tomada de decisão em sua empresa!

 

1. https://www.bloomberg.com/news/articles/2021-03-24/livestock-oil-crops-are-on-ships-waiting-in-suez-canal-queue?sref=frV97TwV
2. https://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/37501/1/S1420833_en.pdf
3. https://gcaptain.com/chemical-tanker-listing-houston-ship-channel-following-collision/
4. https://oglobo.globo.com/brasil/ventos-derrubam-guindastes-em-porto-chuva-causa-estragos-na-grande-vitoria-2922882

 

Autor: Cassiano Lima - Consultor Sênior na Cassotis Consulting

  Coautor: Emmanuel Marchal - Managing Partner na Cassotis Consulting